2/08/2012

CÍRCULOS INGLESES

Os misteriosos círculos nas plantações inglesas começaram a aparecer em 1647, mas só foram largamente relatados em 1972. Geralmente eles aparecem em lugares onde se cruzam linhas magnéticas da terra (não por acaso fica por ali o sítio megalítico de Stonehenge).
Farsa ou verdade?

    Notem a precisão e harmonia na geometria de um círculo em Avebury. O seu design incorpora dois pentagramas, escala diatônica e teoremas matemáticos até então desconhecidos


    Esse círculo, feito em 1995, foi reinvindicado por "fazedores de círculos profissionais", mas incorpora um teorema Euclidiano desconhecido, enquanto a precisão da representação das órbitas do sistema solar é estimada em 99%
Em 1991 dois velhinhos ingleses (Doug Bower e Dave Chorley) apareceram na imprensa se dizendo os "criadores" dos círculos ingleses. De fato, eles provaram que podiam fazer círculos simples com uma corda e uma tábua. Só que, questionados a explicar como faziam os círculos mais complexos, eles diziam "Ah, esses a gente não fez". Ou seja: eles foram o boi de piranha da imprensa para que os materialistas pudessem relaxar e dizer ao ver qualquer círculo: "isso é coisa dos velhinhos". É fato que, com o desenvolvimento da nossa tecnologia, vimos também o desenvolvimento dos desenhos, que deixaram de ser simples círculos para se tornarem grandes e complexos fractais. Não é realmente difícil fazer esses círculos equipados com cordas, marcadores que brilham no escuro e GPS - e já existemgrupos formados apenas com esse objetivo - mas é bastante improvável que seres humanos consigam fazê-lo em tão grande número, com tanta precisão, e em tão pouco tempo, sem serem descobertos. Outra coisa: nunca conseguem reproduzir, na frente de todo mundo, a perfeição dos círculos que eles alegam ter feitoanteriormente. Esses círculos aparecem no verão, em julho, no início da época de colheita. São em lugares amplos, abertos, de fácil acesso não só para quem queira fazer os desenhos, como para quem queira investigar o fenômeno. Nessa época do ano várias pessoas acampam no mato para observar os campos à noite, com câmeras de infra-vermelho, binóculos noturnos, etc. Já aconteceu de desenhos complexos aparecerem em apenas uma noite, a poucos quilômetros de onde os pesquisadores estavam acampados, e não ter se percebido nenhuma movimentação por perto.
Nos círculos considerados genuínos (isto é, não feito por humanos) a planta é dobrada sem vincos e sem quebras, e continua a crescer namesma direção. Também não há marcas de pés, ou grama amassada. Poderia ser atribuído a pessoas cuidadosas, de posse de alguma técnica desconhecida, se não fosse por um dado científico: as plantas dentro do círculo são afetadas por um tipo de radiação que as fazem aquecer de dentro pra fora, como se estivessem num microondas, além de outras anomalias, como alteração química do dolo, sementes alteradas geneticamente (por vezes se tornam mais férteis), etc. E os fazendeiros dizem que as aves fazem um desvio em sua rota usual, para não ter de passar por cima de um círculos desses. As primeiras pessoas a chegarem a uma dessas formações relatam que sentem o ar "diferente", como se estivesse ionizado, e que isso funciona como um "amplificador", do tipo: se você estiver chateado, vai ficar pior; se estiver alegre, vai ficar eufórico.
Já foi aventada a hipótese dessas formações serem obra das ondas magnéticas da Terra, ou vórtices de plasma na atmosfera. Mas o astrofísico Bernard Haisch, do Instituto de Física e Astrofísica da California, disse que "esses padrões altamente organizados e inteligentes não poderiam ser criados pela força da natureza". Ponto.
Além de tudo, ainda foram documentados por filmagem profissional estranhas bolas de luz no Canadá (os círculos não são exclusividade da Inglaterra, tenho aparecido em vários países como África, Bélgica eRepública Tcheca) e corroboradas por várias testemunhas (não é o mesmo vídeo, muito divulgado na internet, das bolas de luz que FAZEM um círculo na inglaterra, que, ao que parece, é falso).
Mas, que p0%R@ é essa?
No evento "Ufologia e espiritualidade" que aconteceu no mês de junho, em Camaragibe (PE), vimos uma exposição detalhada sobre os Crop Circles e duas informações em particular me deixaram curioso: uma, que os círculos estão aparecendo em torno do planeta Terra, como se formassem um anel em diagonal ao eixo (se souberem mais sobre isso, me avisem). Outra é que num desses programas do canal Infinito, um pesquisador de círculos foi mostrar um desses desenhos ao chefe da tribo Hopi (indígenas dos EUA) e ele mostrou que tinha o mesmo desenho, tradição de seus antepassados. E explicou que esses eram avisos dos "deuses" para uma época de grandes mudanças na Terra. Que Stonehenge teria sido um outro aviso desses, gravado em pedra para que passasse às próximas gerações, e que dessa vez estava sendo gravado em plantas (perecível) porque não seria preciso alertar uma próxima geração de outra mudança dessas. Pesquisei na internet essa última informação e descobri que sim, um "pajé" Hopi viu os símbolos e disse: "Eu conheço esse símbolo milenar como parte da profecia Hopi, um símbolo que anuncia o retorno do Povo das Estrelas. Eles já estão aqui".
Isso nos dá o que pensar. Então, todos esses sinais poderiam ser umalfabeto de um "Povo das Estrelas", ou um símbolo de sua chegada? No artigo O Velho Sábio e a Grande Besta, do blog Franco-Atirador, vemos a relação símbolo/realidade:
No Vajrayana, uma parte importante da prática mágica no ocidente consiste na elaboração de símbolos geométricos que tanto podem ser construídos fisicamente quanto visualizados na imaginação; e nessas meditações tântricas o praticante visualiza a forma de um deus para, em seguida, fundir sua consciência com a da divindade.
Segundo Lloyd Kenton Keane, "Isso quer dizer que o símbolo terá uma conexão causal com o indivíduo que está entrando em relação com o símbolo ou imagem, da mesma forma que uma pedra jogada em uma poça terá um efeito na superfície da água". Para entender o porquê do potencial transformador do símbolo, é preciso levar em consideração o que Jung chamava de inconsciente coletivo e que, evidentemente, é conhecido no Vajrayana por outros nomes. A premissa básica é que as mesmas energias incorporadas pelo símbolo externo estão presentes, mesmo que em estado latente, nas profundezas da psique de todo ser humano. O símbolo exterior funciona, dessa forma, como um gatilho, que ativa as energias correspondentes na pessoa ou, para usar a terminologia junguiana, constela o arquétipo, trazendo-o à consciência.
Um lama tibetano não teria qualquer dificuldade em compreender (e concordar) com a teoria do símbolo que Jung apresenta no livro A Energa Psíquica. De acordo com essa explicação, os símbolos funcionam como transdutores ou transformadores da energia psíquica, permitindo que ela circule entre os diferentes níveis da psique.
É essa compreensão mais profunda do símbolo que falta ao modelo do Ciclo de Sentido e, incidentalmente, deve-se notar que o Lama Govinda também reconhece uma diferença análoga à que Jung faz entre símbolo e signo, ao distinguir entre símbolos efetivos e não-efetivos:
Uma coisa só existe na medida em que atua. Realidade é efetividade. Um símbolo ativo ou imagem de visão espiritual é realidade. Nesse sentido, os Dhyani-Buddhas, visualizados na meditação, são reais (tão reais quanto a mente que os criou), enquanto a personalidade histórica do Buda, concebida meramente pelo pensamento, é, nesse sentido, irreal. Um símbolo ou imagem não-efetivo é uma forma vazia, na melhor das hipóteses uma construção decorativa ou a lembrança de um conceito, pensamento ou evento que pertence ao passado.



Pois bem. Isso poderia responder a uma pergunta: se "eles" são seres inteligentes o suficiente pra cruzar o espaço numa nave, porque raios só parecem se comunicar conosco através de desenhos que não simbolizam NADA para nós, humanos?
A resposta seria: Não estão tentando se comunicar conosco. Pelo menos não a nível consciente, e muito menos para as massas. Esses desenhos podem ser uma "comunicação" com o planeta (como ser vivo) ou com quem pudesse acessar a sintonia mental deles, penetrando nos mistérios do símbolo. Fica a dica de usar esses símbolos como mandala (meditando com os símbolos mais antigos para os mais recentes) mas façam isso por sua conta e risco (eu mesmo não sou doido de tentar!).